Um pouco de tudo

O último a sair que apague a luz

A janela de transferência para o futebol europeu nem abriu e o Flamengo poderá ficar sem cinco jogadores. É que no mês de julho encerram-se os contratos de Ibson, Josiel, Jônatas, Alex Cruz e Maxi. Ainda existe a possibilidade da saída do Juan e Léo Moura em agosto, mês que a janela será aberta. Segundo a diretoria do Rubro-Negro, o caso do Ibson é o mais complicado. O grupo Sonda estaria acertando a compra dos direitos do atleta e o colocaria no Internacional.

Como fica o torcedor?

Você que acompanhou seu time de coração jogando bem no campeonato regional e começar melhor ainda a competição nacional, terá que torcer muito para não ver o pior acontecer. A série B se aproxima e clubes que não tiverem uma estrutura sólida, provavelmente irão freqüentá-la em breve. A perda de jogadores influencia no entrosamento e o trabalho desenvolvido até aqui, terá que começar do zero.

Onde foi parar o AMOR A CAMISA?

Lembro-me da época não muito distante, onde o Zico, Falcão, jogavam em seus clubes anos seguidos e não havia papo de mudar de equipe com esta freqüência. Era comum ver atleta começar e encerrar sua carreira em um só clube.

Hoje, movido pela “independência financeira” dos empresários, jogadores não ficam no mesmo clube por mais de seis meses. O cara chega e beija o escudo, sai e beija outro que paga melhor. O torcedor que em várias ocasiões saiu de sua casa, com chuva ou com sol, para ver a estréia de novo craque contratado a peso de ouro, e gastou cerca de 10% do seu salário, não consegue ter uma identificação com os jogadores. Não sabe escalar seu clube.

O que poderia mudar essa história?

Quem sabe uma política de teto salarial mundial, equivalente a 30 mil. O atleta não teria opção, jogando aqui no Brasil ou na Espanha seu salário mais alto seria o mesmo. É claro que minha idéia seria impossível aos olhos de muitos.

Ao mesmo tempo em que isso beneficiaria os torcedores pelo simples fato de ver seu ídolo jogando por muitas temporadas, os clubes poderiam investir na estrutura dando melhores condições de trabalho aos atletas. Seria o fim dos salários atrasados e dívidas com a União.